Publicitária e empreendedora, compartilho nesta coluna reflexões e insights sobre branding, marketing, comportamento e mercado. O objetivo é provocar olhares mais amplos sobre como as marcas se constroem. Não apenas por estratégias, mas também por conexão com as pessoas.

Marketing não é propaganda, nem Instagram, e muito menos fazer uma arte bonitinha no Canva. Marketing é a função mais importante dentro de uma empresa.

Quando falamos em recursos tangíveis, é fácil identificar os da produção, das finanças e do RH: matéria-prima, dinheiro e pessoas. Mas e o marketing, qual é o seu recurso tangível? Nenhum.

O marketing é a área responsável por conectar a empresa — produção, finanças, RH — ao mercado: clientes, concorrentes, fornecedores e distribuidores.

Ao longo do tempo, as definições de marketing mudaram. Desde 1920, quando o conceito começou a se consolidar, já foi entendido como canais de distribuição, cliente, mercado-alvo, necessidades, valor superior e trocas.

Hoje, o que mais define o marketing, na minha visão e nas minhas pesquisas, é gerenciar o processo de trocas.

E se o marketing é sobre trocas, o que exatamente está sendo trocado?

No plano tangível, bens, serviços, eventos, pessoas e lugares. No plano intangível, marcas, status, sentimentos, nostalgias, comportamentos e experiências. O marketing é, portanto, muito mais do que vender produtos, é sobre trocar significados.

E o primeiro passo dessa jornada dentro de uma empresa? Pesquisa de mercado, análise da concorrência, compreensão de pessoas, revisão de processos internos e, acima de tudo, planejamento estratégico.

Marketing não é uma função acessória. É a ponte entre o que a empresa é e o que o mercado precisa.

E na sua empresa, o marketing tem cumprido esse papel?

Lia Cumino

E-mail: cuminonatalia@gmail.com

@liacumino

*Artigo publicado no impresso Jornal TRIBUNA da Cidade – Edi. 199 - outubro 2025